quinta-feira, 31 de maio de 2012

Rio + 20 - Confiram os locais da Conferência.


Rio +20: Locais da Conferência
Por Vinicius Pinheiro


Barra da Tijuca:

RioCentro: Principal local da Rio + 20 sendo assim a sede da conferência onde
receberá diplomatas e chefes de Estado, aonde estes discutirão as negociações e
plenárias oficiais

Parque dos Atletas : Localizado próximo ao Rio Centro, abrigará exposições e tendas dos países participantes e do governo do Brasil.

Arena da Barra: Ocorrerá atividades das sociedades civis e haverá telões transmitindo
o que acontece no RioCentro

Centro:

Museu da Arte Moderna e Espaço Vivo Rio: Abrigarão exposições temáticas organizadas pelo sociedade civil e o governo brasileiro, além de telões que vão mostrar
o que acontece no Riocentro

Píer Mauá e Galpão da Cidadania: Exposições e tendas dos países dos participantes e do governo brasileiro

Quinta da Boa Vista: Assim como a Arena da Barra, o Museu de Arte e o Espaço Vivo Rio haverá atividades da sociedade civil e telões transmitindo o que acontece no
Rio Centro

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Cobertura. Evento Sustenta Reggae

COBERTURA.

               Evento Sustenta Reggae
Música, arte e sustentabilidade no Campus da Estácio Niterói.


Texto: Marlon Fonseca
Fotos: Marlon Fonseca e Gracielle Negreiros
Cobertura: Marlon Fonseca, Gracielle Negreiros e Amanda Motta.


            Uma ação criada por alunos de Publicidade da Estácio Niterói resulta em uma grande oportunidade para falar sobre sustentabilidade, além de apresentar trabalhos de outras empresas sobre o tema.
       Coordenado por Aline Almeida e com a participação de Luiz Fernando da Silva, Gustavo Falção, Larissa Olga, Monique Rodrigues, Raphael Soza e Faricio Mesquita, o evento consistiu em atividades no pátio da faculdade e com palestras no auditório.
                 Aline destaca os objetivos do projeto "O objetivo é do evento é passar para os alunos da Estácio um modo de pensar e agir sobre o meio ambiente. Nós trouxemos três empresas para divulgar o seu trabalho de conscientização e ajudar nessa proposta. Ainda teremos um show musical para atrair e entreter os jovens e a palestra", podnerou
                           Seu colega Luiz Fernando da Sila emenda " Queria pedir a colaboração e todos para que possam saber mais sobre agir a sustentabilidade".
Alunos aprenderam sobre sustentabilidade
                         Aline e Luiz indagados sobre o que eles próprios aprenderam comentaram "Enquanto  estávamos mudando estande alguns alunos pegavam os papéis e jogavam ao chão.Acreditamos que os jovens de fato precisam ser conscientizados sobre seus atos".
                   Contando com a participação gratuita das empresas Brigada Ambiental, que realiza perícias ambientais e promove viagens Ecológicas pelo país, Rio Eco Consciente que transforma resíduos em utensílios e a Disque óleo que retiram óleo de residências e de algumas empresas.
Suzy Paiva da Rio Eco Cosciente

          Suzy de Paiva da Rio Eco Consciente se mostrou muito satisfeita em participar do evento."Não são todos os eventos que possuem este caráter ambiental. foi importante mostramos nosso trabalho para os alunos e passar para eles o conceito de reutilização de materiais.Nosso foco é o vestuário ecológico e dar opções de produtos ecológicos para consumo." declarou.
          Ainda no pátio da Universidade, os alunos contaram com o show de Reggae da banda Plantae 
                                 


Palestra com jornalista premiado.

                         Á noite, como encerramento do evento, fora ministrada uma palestra pelo premiado jornalista ambiental Vilmar Berna . Durante mais de uma hora, Berna discorreu sobre o tema sustentabilidade "A Amazônia é um dos assuntos que está em foco na Rio +20.Rio +20 não é um evento, e sim um processo que já vem ocorrendo há bastante tempo, que depende do grau de crescimento político e da cabeça da sociedade.O progresso traz impactos positivos e negativos.Hoje existe uma legislação técnica profissional que gera compensações para os impactos ambientais. A tecnologia ambiental tem um limite para desenvolvimento a partir do momento que começa a surgir conflitos.Não se pode falar de meio ambiente, sem falar de social e econômico.Para ser sustentável, precisa incorporar o lado ambientalmente correto, socialmente justo e viavelmente econômico.Eia (Estudo de Impacto Ambiental) Rima (Relatório de Impacto Ambiental) - Precisa ser na linguagem que o público interessado possa entenderA mudança não acontece por acaso, ela precisa de informação e não pode ser mentirosa, pois senão irá influenciar na opinião do povo. O que está em risco não é a natureza, mas sim a espécie humana, porque não sabe lidar com o mundo em que vive." foram algumas de suas observações.

Vilmar Berna debateu com os alunos temas sobre a sustentabilidade
             






                           


                                 

Diário da Equipe 3 - em reta final.

Diário da Equipe 3 - em reta final.
Por Marlon fonseca


           Ontem foi mais um dia de reunião da equipe para debatermos o que preparar para a ultima semana antes da presentação forma deste blog.
          Em primeiro lugar, assim como na reunião passada, observamos quais editorias mereciam mais atenção e dividimos tarefas. Depois, outras atividades foram propostas e debatidas e vocês verão o resultado disso muito em breve.
           Por fim, destacamos que fora feira ontem a nossa primeira cobertura externa que será publicada ainda hoje.
           Continuem conosco!

terça-feira, 29 de maio de 2012

MEIO AMBIENTE. Uma visão sobre o lixo


MEIO AMBIENTE
Uma visão sobre o lixo
Por Dandara Francisco.




LIXO
A melhoria do poder de compra de uma considerável parcela da população nos últimos anos ajuda a entender o crescimento da produção de lixo no País. Em 2010, foi produzida uma média diária de 195 mil toneladas de resíduos sólidos contra 183 mil toneladas em 2009.
A produção média de lixo por habitante é de 378 kg/ano ou pouco, mas de 1 kg/dia. São Paulo continua sendo o estado recordista, respondendo por cerca de 60 mil toneladas diárias ou, aproximadamente, 28.5% do lixo produzido no Brasil.
É difícil estabelecer com precisão a produção mundial de lixo diante das grandes diferenças observadas nesse padrão. Contudo, considerando uma população mundial de cerca de 7 bilhões de pessoas e um padrão de produção de apenas 0.5kg/habitante-dia , chegaríamos à massa diária de 3.5 milhões de toneladas de lixo.


LIXÕES

Os lixões geralmente são criados sem que haja qualquer preocupação com a redução do impacto que sua existência representa para o entorno ou para o ambiente. Os lixões são fontes de contaminação do ar, do solo e dos lençóis freáticos, alem de aumentarem o risco de propagação de doenças entre animais, catadores e população em geral.
Estima-se que cerca de 60% dos municípios brasileiros não têm destinação adequada para resíduos coletados, direcionando-os na maioria das vezes para esses lixões. Essa situação, no entanto, parece próxima de uma mudança significativa, uma vez que a Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305, de 2 de agosto de 2010) estabelece o fim dos lixões até 2014.


Tipos de aterro
Aterro controlado – espécie de lixão “sofisticado” , considerado intermediário entre lixão e o aterro sanitário, o mais comum é cobrir os resíduos diariamente com terra, grama, serragem ou outro material e também fazer captação de gases e chorume ( liquido escuro e tóxico resultante da decomposição do lixo) para reduzir a contaminação do solo e da água.
Aterro sanitário: procura reduzir o volume dos resíduos fazendo com que sejam confinados no menor espaço possível; o solo é totalmente impermeabilizado, e o controle é rigoroso  quando se refere ao chorume e aos gases produzidos durante a decomposição do lixo.
Aterro sanitário energético: os mais modernos dos aterros coletam o metano produzido durante a decomposição da matéria orgânica; além disso, tratam o chorume em câmaras, onde, por decomposição há incremento da produção de metano. O metano queimado libera energia térmica.

Compostagem
Destinada ao processamento da matéria orgânica presente no lixo. Pressupõe que haja uma prévia separação de materiais recicláveis ( vidros, metais, papeis e plásticos) não devem compor os resíduos  destinados à usina de compostagem .
Após o processo de decomposição da matéria orgânica, forma-se uma espécie de biofertilizante frequentemente utilizado por agricultores.



Os três Rs
A política do três Rs tem sido considerada uma espécie de bandeira ambientalistas, que vêem nesse procedimento a forma mais eficiente de equacionar o problema da destinação do lixo.
Reutilizar - o reuso consiste no aproveitamento por outra pessoa daquilo que não é mais útil para alguém. Ou seja, em vez de descartar, doam-se roupas, móveis objetos para outras pessoas.
Reciclar - reintroduzir matérias ou utensílios na linha de produção, como intuito de produzir novos materiais. O exemplo mais popular é a reciclagem de latinhas de alumínio.
Reduzir – em ambientes tanto domésticos como empresariais, a reeducação ambiental tem atingido bons resultados. Medidas pontuais, como substituição das sacolas plásticas por sacolas retornáveis.






segunda-feira, 28 de maio de 2012

EDUCAÇÃO. Escolas devem ensinar sobre sustentabilidade

EDUCAÇÃO
Escolas devem ensinar sobre a importância da sustentabilidade
Por Mauricio Coutinho





 O Fórum Global para o Desenvolvimento Sustentável, realizado em 2002, propôs à Assembléia Geral das  Nações Unidas a proclamação da Década Internacional  da Educação para  o Desenvolvimento Sustentável (EDS) para o período 2005-2014.

     Coube então à Unesco (Organização  das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) desempenhar na referida década, o papel de estabelecer padrões de qualidade para a educação voltada para o desenvolvimento sustentável, tendo como principal meta  integrar os princípios,  os valores  e as práticas do desenvolvimento sustentável  a todos os aspectos da educação e da aprendizagem. 


     Esse esforço educacional têm por objetivo incentivar mudanças de comportamento que venham a gerar um futuro mais sustentável em termos de integridade ambiental,  da viabilidade econômica e de uma sociedade mais justa  para as gerações presentes e futuras.  Em um mundo com 7 bilhões de pessoas, com a maior população de jovens de todos os tempos e recursos naturais limitados, a educação deve permitir que os alunos adquiram competências relevantes para enfrentar os desafios de sustentabilidade. 


     Para a Unesco , a EDS deve ser integrada a todas as áreas de ensino e aprendizagem , seja na escola, em casa ou dentro da comunidade. 


      Isso representa uma nova visão da educação capaz de ajudar pessoas de todas as idades a entender melhor o mundo em que vivem, tratando da complexidade e do correlacionamento de problemas tais como pobreza, consumo predatório, degradação ambiental, deterioração urbana, saúde, conflitos e violação dos direitos humanos, que hoje ameaçam nosso futuro.


     Para André Trigueiro, jornalista e pós- graduado em Gestão Ambiental pela UFRJ, apresentador do  “Cidades e Soluções” na Globo News , e que acaba de ganhar no Jornal da Globo uma coluna quinzenal ,  a sustentabilidade deve fazer parte do dia a dia da escola e não somente algo que é ensinado mas não praticado no ambiente escolar. Ele sugere por exemplo  que as escolas estudem e reduzam a geração do lixo,  coletem água da chuva para uso na limpeza e para regar áreas verdes. 


     Já Lídia Brito , atual Diretora de Políticas de Ciências da UNESCO e ex-ministra de Educação Superior, Ciência e Tecnologia de Moçambique, a participação e a integração de todos em torno da Rio+20 – em especial dos jovens , que estão conectados e fazem parte de uma geração multicultural, sem barreiras linguísticas, culturais nem tecnológicas – é fundamental.  A Rio+20 será um ponto de convergência destes jovens em torno do  objetivo comum e global da sustentabilidade, reforçando os valores da generosidade, do respeito pela diversidade e das responsabilidades partilhadas quando se enfrentam desafios tão complexos. Esse movimento universal da juventude nos ajuda a reforçar ainda mais nossa visão positiva  em relação ao  futuro.


      A escala e a diversidade de seus recursos naturais fazem do Brasil um país de importância-chave em termos da preservação ambiental e do desenvolvimento sustentável.


     Aos professores que tenham interesse em abordar a Rio+20 em sala de aula, é possível localizar na Internet, em revistas especializadas em educação, sugestões de um plano de aulas para discussão e trabalho com os alunos. 


     Como sinal nos novos tempos de conscientização sobre sustentabilidade, o Brasil já ocupa o quarto lugar  no ranking mundial das construções verdes – obras que buscam certificações que comprovam que elas são mais sustentáveis que as convencionais. 


     Conscientes das estatísticas alarmantes sobre o problema da água, o Colégio Anglo-Americano instalou, há 4 anos, o Sistema Cosch de Aproveitamento de Água de Chuva. A idealizadora da implantação do projeto, Yara Belém, coordenadora Pedagógica do Ensino Fundamental II, reuniu os alunos do Ensino Médio, que participaram na época de todo o processo, para conversar sobre a tecnologia e sobre as novas alternativas de preservação do meio ambiente.






domingo, 27 de maio de 2012

Encerramento da Enquete 1

Encerramento da Enquete 1
Por Marlon Fonseca


            A nossa primeira enquete do blog queria saber da opinião dos nossos leitores sobre a possibilidade de ser decretado feriado e ponto facultativo durante o período da Rio + 20.
            Ao longo da captação de votos para a mesma, o projeto de lei que versava sobe o tema foi aprovado, sendo assim, no período da Rio + 20, será feriaod escolar na cidade.
            Mas, pela maioria dos nossos leitores tal medida não seria a melhor solução, conforme podemos ver no resultado abaixo:



Sim.
  4 (30%)
 
Não.
  9 (69%)
 




           Vejam também os comentários de alguns leitores e membros do grupo sobre o assunto aqui. Quem ainda não votou mas deseja comentar sobre o assunto aproveite o espaço e coloque a sua opinião nos comentário desse texto.

            Agradecemos a participação dos leitores. Aguardem que novas enquetes surgirão.




MEIO AMBIENTE. Dilma veta parcialmente projeto do Código Florestal

MEIO AMBIENTE.
Dilma veta parcialmente projeto do Código Florestal
Por Gracielle Negreiros



A presidente Dilma Rousseff fez 12 vetos e 32 modificações ao novo Código Florestal, que voltará para o Congresso Nacional com uma medida provisória onde será novamente analisado, sendo assim a decisão final ficará para depois da conferência Rio+20.

O objetivo das novas regras é inviabilizar anistia para produtores que desmatam, beneficiar o pequeno produtor e favorecer a preservação ambiental. Entre os vetos está a possibilidade da anistia a produtores que desmataram após julho de 2008.

Das 32 mudanças, 14 se referem à recomposição do texto aprovado no Senado, 5 são dispositivos novos e 13 são ajustes de conteúdo. Dilma vai reestabelecer a obrigação de recuperação gradual das Áreas de Preservação Permanentes (APPs), conforme o tamanho da propriedade. A recuperação da mata ciliar para pequenas propriedades não vai variar conforme a largura dos rios, a faixa a ser recomposta vai de 5m a 15m, nas grandes propriedades pode chegar a 100m.

Na medida provisória está a reintrodução dos princípios que caracterizam o Código Florestal onde o Brasil se compromete com a preservação de florestas, biodiversidade, solo, recursos hídricos e integridade do sistema climático. E o desenvolvimento sustentável para conciliar o uso produtivo da terra com a preservação.    
    
Os artigos vetados e a medida provisória serão apresentados pelo governo na próxima segunda-feira (28/05/2012).

Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável.

“  Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável ”
Por Mauricio Coutinho


     O evento “Diálogos para o Desenvolvimento Sustentável” foram propostos pelo Brasil e pela ONU e acontecerão de 16 a 19 de junho no Riocentro como preparatório para a Rio+20.

     O evento reunirá representantes de movimentos sociais (ONG´s), setor privado, comunidade acadêmica e a população para debater temas centrais da Rio+20 e fazer recomendações para os Chefes de Estado.

      As discussões irão partir de recomendações saídas do site online Diálogos do Rio . Este processo vai até 03 de junho , quando as recomendações que receberem mais apoio (máximo 10) serão transferidos para um local público para a votação pelo público em geral. Essas recomendações, classificados pelo apoio recebido dentro do site e pelos votos recebidos será organizado pelos facilitadores e apresentado aos membros do painel nos Diálogos de Desenvolvimento Sustentável (Rio de Janeiro, 16-19 Junho de 2012), durante a Rio+20. A partir deste conjunto de recomendações, três serão escolhidos por tema  e encaminhados diretamente aos Chefes de Estado em reunião do Segmento de Alto Nível da Rio+20. 



            Confira a programação :
 16 de junho
10h: Desemprego, trabalho decente e migrações
Carmen Helena Foro (Brasil) - Secretária de Meio Ambiente da CUT
Sharan Burrow (Austrália) - Secretária-geral da Confederação Sindical Internacional
Wang Shi (China) - Diretor do China Vanke Co. Ltd.
Deborah Wince Smith (EUA) - Presidente do Conselho de Competitividade
James Galbraith (EUA) - Economista e professor da Universidade do Texas
Nana- Fosu Randall (Gana) - Fundadora e presidente da ONG Vozes das Mães Africanas
Lu Huilin (China) - Sociólogo e professor da Universidade de Beijing

14h30: Desenvolvimento sustentável como resposta às crises econômicas e financeiras
Maria da Conceição Tavares (Brasil) - Economista e professora da Unicamp
Enrique Iglesias (Uruguai) - Ex-presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID)
Caio Koch-Weser (Alemanha) - Vice-presidente do Deutsche Bank
Kate Raworth (Reino Unido) - Pesquisadora da Oxfam (ligada a Universidade de Oxford)
Yilmaz Akyuz (Turquia) - Ex-membro da Conferência da ONU para Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) 


Dia 17 de junho
10h: Economia do desenvolvimento sustentável, incluindo padrões sustentáveis de produção e consumo
Rubens Ricupero (Brasil) - diplomata e ex-secretário-geral da UNCTAD
Helio Mattar (Brasil) - Presidente do Instituto Akatu
Gro Harlem Brundtland (Noruega) - Ex-primeira ministra da Noruega e "mãe" do conceito de desenvolvimento sustentável
Juan Carlos Castilla-Rubio (Inglaterra)- diretor do instituto de pesquisa Planetary Skin Institute
Mathis Wackernagel (Suíça) - criador do conceito de "pegada ecológica"
Ignacy Sachs (França) - Fundador do Centro Internacional de Pesquisas em Meio Ambiente

14h30: Florestas
Bertha Becker (Brasil) - geógrafa e professora da UFRJ
Yolanda Kakabadse (Equador) - ex-ministra do Meio Ambiente do Equador
Lu Zhi (China) - Diretora do Centro para Natureza e Sociedade da Universidade de Beijing
Estebancio Dias (Panamá) - Aliança dos Povos Indígenas e tribais das florestas tropicais
André Freitas (Brasil) - Diretor do Conselho de Manejo das Florestas

18h30: Tema: segurança alimentar e nutricional
Amrita Cheema (Índia) - âncora da Deutsche Welle TV
Mary Robinson (Irlanda) - diretora do Instituto Internacional para o Meio Ambiente e Desenvolvimento (IIED)
Martin Khor (Malásia) - diretor-executivo do South Centre
Hortensia Hidalgo (Chile) - Rede de Mulheres Indígenas sobre Biodiversidadade da América Latina
Josette Sheeran (EUA) - Vice-presidente designada do Fórum Econômico Mundial
Carlo Petrini (Itália) - Fundador do movimento Slow Food
Luísa Dias Diogo (Moçambique) - Ex-primeira ministra do Moçambique
Vanda Shiva (Índia) - Diretora da Fundação de pesquisa para Ciência, Tecnologia e Ecologia
Renato Maluf (Brasil) - Centro de Referência em segurança alimentar da UFRRJ
Maria Estrella Penunia (Filipinas) - Associação Agrícola Asiática para o Desenvolvimento Sustentável Rural 


Dia 18 de junho
10h: Energia sustentável para todos
James Astill (Reino Unido) - jornalista da "The Economist"
Christine Lins (França) - secretária-executiva REM 21
Changhua Wu (China) - diretora do Greater China - The Climate Group
Kornelis Blok (Países Baixos) - Físico, membro do IPCC e professor da Universidade de Utrecht
Luiz Pinguelli Rosa (Brasil) - Físico e secretário do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas

14h30: Água
Lucia Newman (Reino Unido) - jornalista da Al Jazeera
Loic Fauchon (França) - Presidente da ONG Trans-sahara
Shanta Sheila Nair (Índia) - Ex-secretária do Depto. de Provisão de Água Potável do governo da Índia
Ania Grobicki (Suécia) - Secretária-executiva do Global Water Partnership (GWP)
Albert Butare (Ruanda) - ex-ministro de Água e Energia de Ruanda
Benedito Braga (Brasil) - membro da Agência Nacional de Águas (ANA)
Dyborn Chibonga (Malawi) - Associação dos minifundiários nacionais do Malawi
Myrna Cunnigham Kain (Nicarágua) - Fórum Permanente da ONU para Assuntos Indígenas

18h30: Cidades sustentáveis e inovação
André Trigueiro (Brasil) - jornalista da TV Globo
Jaime Lerner (Brasil) - arquiteto e ex-prefeito de Curitiba
Oded Grajew (Brasil) - Instituto Ethos
Shigeru Ban (Japão) - arquiteto e especialista em soluções para construção fácil
Sultan Al Jaber (Emirados Árabes) - diretor da iniciativa de Abu Dabi para o desenvolvimento (Masdar)
David Cadman (Canadá) - Conselho Internacional para Iniciativas ambientais locais
Enrique Ortiz (México) - Arquiteto e urbanista
Janice Perlman (EUA) - presidente Projeto Mega Cidades 


Dia 19 de junho
9h: Água
Segen Farid Estefen (Brasil) - Professor de estruturas oceânicas UFRJ
Sylvia Earle (EUA) - oceanógrafa
Ussif Rashid Sumaila (Nigéria) - Unversidade Columbia Britânica
Shaj Thayil (Cingapura) - Vice-presidente Gerenciamento Internacional de Navios
Margareth Nakato (Uganda) - Fórum Mundial de Pescadores
Robin Mahon (Canadá) - Centro para gerenciamento de recursos e meio ambiente
Biliana Cicin-Sain (Itália) - Universidade de Delaware
Arthur Bogason (Islândia) - presidente da Associação nacional de proprietários de pequenos botes
Asha de Vos (Sri Lanka) - bióloga marinha

NACIONAL. Rio+20 pode interditar Aeroporto Internacional Tom Jobim

Rio+20 pode interditar Aeroporto Internacional Tom Jobim
Por Mauricio Coutinho





Em reunião na Casa Civil, a Anac e a Infraero informaram à presidenta Dilma Roussef que o aeroporto não estaria preparado para absorver a chegada das mais de 100 comitivas e chefes de Estado com as medidas de segurança necessárias sem impactar a rotina operacional do aeroporto. 


Segundo fontes a presidenta teria ficado irritada com o fato e apesar de ainda não estar anunciado oficialmente está praticamente decidido fechar parcialmente o tráfego aéreo no aeroporto do Galeão no período de 20 a 23 de junho das 16h às 0h durante a Rio+20. Ela também teria delegado a responsabilidade da coordenação das ações ao Decea (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), órgão vinculado à Aeronáutica que teria argumentado a necessidade do fechamento do espaço aéreo não pela capacidade operacional de tráfego  do aeroporto mas sim pela necessidade de segurança aos Chefes de Estado. 

As empresas aéreas teriam de cancelar ou remanejar cerca de 100 voos domésticos podendo afetar até 15 mil passageiros. Empresas como TAM e Gol que já vem enfretando problemas de lucro operacional cancelando voos, e demitindo tripulantes temem de arcar com o custo de hospedagem, alimentação, ressarcimento, e ações judiciais dos passageiros atingidos. 


Não há possibilidade de transferência dos voos para o Santos Dumont, pois ele não comporta o tipo de aeronaves que operam no Galeão e nem mesmo as que trarão as delegações para a conferência pois são aeronaves de maior porte e que necessitam de pista de tamanho compatível. 


Caso adotada, será a primeira vez que uma restrição no espaço aéreo desse porte é realizada. O fechamento do aeroporto, que recebe muitos voos de conexão, pode ter reflexo em todo o país, com atrasos e remanejamentos. Passam por lá diariamente 45 mil passageiros, incluindo voos internacionais.
Apesar de ainda não oficializado, as empresas aéreas foram informadas na quinta-feira sobre a necessidade de remanejar os voos. Segundo o Snea (Sindicato Nacional das Empresas Aéreas), elas já trabalham nas alterações já planejam a comunicação aos passageiros que já compraram bilhetes. Só na Gol a estimativa é de que até dez mil passageiros podem ser prejudicados.


— Será o caos e como temos que cumprir as normas da Anac seremos punidos se não oferecermos hospedagem, por exemplo — disse uma fonte das empresas.


Em nota à imprensa, a Secretaria de Aviação Civil (SAC) informou que o planejamento ainda está sendo finalizado e que as medidas serão divulgadas em breve. Sem dar detalhes, o texto afirma que estão sendo avaliados diversos cenários.

sábado, 26 de maio de 2012

MEIO AMBIENTE. Biodiversidade ameaçada


Meio Ambiente
Biodiversidade ameaçada

Por Gracielle Negreiros


Uma imagem infelizmente cada vez mais rara
          O aquecimento global está alternado o habitat natural de diversas espécies. Pesquisadores americanos concluíram que os mais prejudicados serão os mamíferos e as aves tropicais.

          Cerca de 9% das espécies de mamíferos podem não conseguir se deslocar para habitats seguros em reação às mudanças climáticas. As espécies se deslocam lentamente, uma vez a cada geração e há outro fator, como no caso dos macacos que demoram para amadurecer sexualmente o que pode diminuir ainda mais sua população, 75% dos primatas devem ter seu território reduzido em decorrência das mudanças climáticas.
          Estima-se a extinção 10% a 14% das aves tropicais, excluindo as espécies migratórias. O aumento de eventos climáticos extremos como secas, tempestades e a intensidades de furacões, podem prejudicar a capacidade das aves encontrar alimentos durante a estação da reprodução. A Amazónia sofreu duas secas recordes nos últimos sete anos, o que causou alarde sobre a flexibilidade do ecossistema frente às mudanças climáticas. Doenças e o aumento do nível do mar também representa um problema para as aves.   

           Mesmo que o aquecimento possa beneficiar algumas poucas espécies como o tucano de peito amarelo, o resultado final será uma perda significativa da biodiversidade. Áreas protegidas devem ser criadas ou expandidas e se necessário a transferência de algumas espécies, além de medidas eficazes para ameniza os efeitos do aquecimento global.     

sexta-feira, 25 de maio de 2012

Rio + 20. Ministra destaca importância da Rio +20

Rio + 20
Ministra destaca a importância da Rio + 20
Por Vinícius Pinheiro





Embora a Rio+20 não seja um evento sobre meio ambiente, e sim sobre  desenvolvimento sustentável, o tema é um de seus pilares
.
     O Brasil já vem fazendo muita coisa para pautar suas políticas e estratégias de desenvolvimento na sustentabilidade. E tais iniciativas não são exclusividade do MMA. O desenvolvimento sustentável, hoje, está na pauta dos diversos agentes econômicos e sociais. São diferentes ações, muitas delas em diferentes graus ou estágios de implementação.


   Para a ministra do meio-ambiente Izabella Teixeira, o País tem todas as condições de liderar uma mudança, em nível mundial, para economias mais verdes. Segundo ela, a Rio+20 será uma excelente oportunidade para se demonstrar isso – apesar de ser uma conferência da ONU, como país-sede o Brasil preside o evento e terá papel fundamental nas negociações e acordos que serão costurados no encontro.

Ministra Izabella Teixeira

  A Rio+20 também será uma oportunidade de os países-membros das Nações Unidas fazerem um balanço dos últimos vinte anos, desde a Rio 92. No entanto, para a ministra, “a conferência não deve se tornar uma arena de acusações, ainda que deva discutir abertamente as falhas enfrentadas hoje, em relação ao que foi decidido em 1992”, destaca.


  Renovar o compromisso político assumido à época é essencial. O Brasil espera que a Rio+20 possa reavivar o que em 1992 ficou conhecido como o “espírito do Rio” – uma forte mobilização política que possibilitou a adoção de importantes acordos multilaterais na área do meio ambiente e do desenvolvimento sustentável.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

POLÍTICA. Impasses políticos devem levar a Rio + 20 ao fracasso

POLÍTICA

Impasses políticos devem levar conferência Rio+20 ao fracasso
Por Maurício Coutinho





    Segundo análise de Eduardo Viola, professor de relações internacionais da UnB e especialista  em política das mundanças climáticas, a Rio+20 não trará resultados consistentes, fruto da atual atual dinâmica internacional e pela política da ONU que busca acordos de construção de consensos que, de acordo com sua visão, está totalmente obsoleta. 


     Já citamos anteriormente a falta à Rio+20,  de Chefes de Estado  como Barack Obama (EUA), Angela Merkel (Alemanha), David Cameron (Reino Unido), potências globais que em determinados momentos históricos globais despontaram alternadamente como potências hegemônicas.  Para o professor Viola,  o mundo hoje está dividido em oito potências. Três superpotências, Estados Unidos, União Européia e China, e cinco grandes potências , Japão, Índia, Brasil, Rússia e Coréia do Sul. As decisões mais importantes giram em torno da dinâmica entre China e Estados Unidos e ambos são forças poderosas na geopolítica global, mas têm posturas conservadoras em relação a avançar em uma economia verde. Devemos lembrar que o protocolo de Quioto, que estabeleceu compromissos mais rígidos para a redução de emissão de gases estufa expira agora em 2012 e das oito potências mencionadas somente os EUA não ratificou o protocolo. 


     Segundo o professor, o Brasil, apesar de ter a matriz energética  mais limpa das oito potências e um programa de biocombustíveis (que retomou força com a criação e o aumento de vendas de carros flex , GNV e biodiesel), no atual governo de Dilma Roussef voltamos a um estágio conservador sem interesse  em avançar na  construção de  uma governança ambiental global.


     Paralelamente, outros membros da sociedade civil e cientistas também estão céticos em relação aos resultados políticos da Rio+20. Durante debate no evento Viva a Mata, em São Paulo, que celebrou o Dia Nacional da Mata Atlântica (20 de maio), a maioria dos acadêmicos foram categóricos em afirmar que os temas centrais da Rio+20: economia verde; governança ambiental e erradicação da pobreza dependem de acordos e consensos entre governos e que a expectativa deles é a de que esses acordos devem demorar cada vez mais.

Eduardo Viola.

     Uma das organizações ambientalistas mais importantes no mundo, a WWF, também afirma que os governos mundiais não estão no caminho para definirem um acordo para a preservação dos recursos naturais durante a Rio+20. - Acho que todos nós estamos preocupados que os países negociando no sistema da ONU para a Rio+20 ainda não demonstraram disposição de realmente intervir para enfrentar esses desafios . Essas negociações ainda estão claramente emaranhadas  -  afirmou em Genebra, Suíça o diretor geral da WWF Internacional, Jim Leape.


     Um ponto em que todos os acadêmicos e as organizações afirmam ter como expectativa positiva em relação à Rio+20, não se trata de nenhum acordo político global, mas sim da conscientização e da mobilização da sociedade sobre sustentabilidade e em relação aos temas que serão abordados na Cúpula dos Povos, à mudança e conscientização da sociedade de consumo  em adotar  e exigir práticas de sustentabilidade das empresas das quais são consumidoras e sobretudo na capacidade da sociedade de pressionar os governos e políticos




quarta-feira, 23 de maio de 2012

Diário da Equipe 2 - Reunião de pauta e cobertura de eventos

Diário da Equipe 2 - Reunião de pauta e cobertura de eventos
Por Marlon Fonseca


          Ontem foi o momento de mais uma reunião da equipe. Pontos importantes do trabalho necessitavam ser tratados e uma verdadeira reunião de pauta foi feita. Nela, foram estabelecidas as editorias que necessitavam mais atenção e quem iria cobri-las.
         Outro aspecto muito importante foi tratado: a cobertura de eventos criados pelos colegas de publicidade, sendo firmadas parcerias com o "sustentabiliblog" e o "sustentareggae". Tais grupos mostraram de form geral suas ideias e de como seus eventos irão ser realizados, ficando firmado o acordo de cobri-los jornalisticamente. Para isso dois grupos de cobertura externa foram criados.
        Com 14 dias de blog já no ar, estamos conseguindo manter o ritmo de publicação diária, abordando os mais variados temas. Nas próximas duas semanas o ritmo e "´pegadas" serão ainda maio.
        Fiquem ligados!

terça-feira, 22 de maio de 2012

O que é a Rio + 20?

O que é a Rio + 20?
Por Marlon Fonseca


      Em vídeo oficial o negociador chefe do Brasil para a Rio +20, embaixador Amdré Correa Lago, explica as motivações sobre a criação da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável.



        A conferência do rio + 20 irá ocorrer na cidade do Rio de Janeiro entre os dias 20 a 22 de Junho.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Adotando ações de sustentabilidade no nosso dia-a-dia

Adotando ações de sustentabilidade no nosso dia-a-dia
Por Mauricio Coutinho






 

Existem ações que aparentemente não são relevantes, mas que somadas a outras e adotadas por um número cada vez maior de pessoas podem fazer toda a diferença.
Desde o momento em que acordamos, até o momento em que vamos dormir e mesmo quando estamos dormindo podemos estar colocando em prática ações de sustentabilidade.

Ao acordar pela manhã, ao escovarmos os dentes,  se fecharmos a torneira após molhar a escova com o creme dental, realizarmos a escovação e reabrirmos a torneira ao final para enxague da escova e bochecho, estamos adotando uma medida de consumo consciente da água. O mesmo princípio podemos adotar  ao tomar banho,  lavar a louça,  lavar o carro,  limpar a casa,  lavar roupa .... Como consequência teremos um menor consumo de água, uma conta de água mais baixa, até mesmo uma conta de luz menor , se levarmos em conta o uso do chuveiro, da bomba de água.....

No planeta  a água está distribuída da seguinte forma: 97% são água do mar, 3% são água doce sendo 1,8% como gelo (pólos, geleiras e icebergs), e o restante como água subterrânea, em lagos e rios e como vapor de água.  Alguns pesquisadores estimam que em 2025 mais de metade da população sofrerá com a falta de água potável . Atualmente 70% do consumo de água potável do mundo é utilizado na agricultura. Apesar disso ainda continuamos a lavar nossos carros com água potável...

Se vamos para a faculdade  ou para o trabalho de carro adotar a carona solidária. Sempre tem alguém que mora próximo  que também vai para o trabalho ou faculdade de carro e não são raras as vezes em que vocês se encontram casualmente na garagem ou no estacionamento ao chegar ou sair. Será que em nenhum momento é possível compartilhar ? Na ida ou na volta ?  O mesmo pode ser mais facilmente 
aplicado a quem leva os filhos à escola. Porque não dividir a tarefa de levar e buscar os filhos à escola com outros pais ? Como resultado teremos menos emissão de gases poluentes na atmosfera, menor quantidade de veículos trafegando gerando um trânsito melhor,  mais economia no bolso e menor consumo de combustível.....

Em casa, se utilizarmos tintas de cores mais claras nas paredes externas da casa, temos menor absorção do calor do sol e menor necessidade do uso de ventilador ou ar condicionado na hora de refrescar a casa no verão.  Se reaproveitarmos a água da chuva que cai no telhado com o uso de calhas e cisternas temos uma água boa para uso em limpeza da casa em geral,  para o vaso do banheiro,  para molhar o jardim.....

Ao comprar um ar condicionado por exemplo, podemos comprar um mecânico ou eletrônico, um com timer ou sem timer. Ao dormir se programamos o aparelho de ar condicionado para desligar após um determinado tempo automaticamente, estamos realizando uma ação de consumo consciente da energia elétrica...

Temos cada vez mais a responsabilidade de pensar e avaliar todas as ações que tomamos em nosso dia-a-dia, se queremos realmente praticar ações de sustentabilidade, para nós , para o planeta e para as futuras gerações, pois os recursos naturais não são eternos e se desejarmos ter uma qualidade de vida cada vez melhor ou ainda tentar manter o pouco que ainda temos, sendo o mais otimista possível,  o tempo é hoje, a hora é agora pois não podemos mais fechar os olhos ou nos fingir de ignorantes....


domingo, 20 de maio de 2012

NACIONAL. Sacos plásticos: heróis ou vilões?

NACIONAL
Sacos Plásticos: Heróis ou vilões?
Por Júlio Xavier Borges




Em 25 de janeiro de 2012 entrou em vigor no estado de São Paulo, uma lei proibindo os supermercados de todo o estado de fornecer de graça sacolas plásticas para consumidor suas compras. Desde então, as pessoas devem pagar pelas sacolinhas ou teriam que utilizar caixas de papelão, carrinhos de feira ou sacolas retornáveis (ecobags) para transportar as compras. À primeira vista uma atitude louvável em prol da sustentabilidade e futuro da Terra, tudo isso não passa de um teatro institucional, onde quem perde (sempre) é o consumidor.


O discurso contra as sacolas, principalmente aquelas de supermercado, gira em torno de sua origem (é feita com derivados de petróleo) e mau uso, quando descartadas de forma inadequada. Quando ocorrem enchentes, o acúmulo delas podem tapar bueiros e quando depositadas em mananciais de águas, podem sufocar peixes e outros animais.

Sacolas plásticas: bode expiatório ambiental
Mas a questão vai muito, além disso. Se as autoridades, de todas as esferas, levassem o problema do descarte das sacolas (e por tabela, do lixo doméstico como um todo) bem mais a sério, não escolheriam as sacolas como bode expiatório de uma política de sustentabilidade só para inglês ver. É certo que o consumo de sacolas plásticas é muito alto no Brasil (na casa dos bilhões por ano), mas simplesmente podar essa a comodidade e higiene trazida pela modernidade numa canetada e sem deixar muita margem para as pessoas discutirem uma mudança de postura tão radical, não é das atitudes mais dignas de elogio.

Ecobags e caixas de papelão: apenas paliativos
As soluções propostas também estão longe de se equipararem à praticidade das sacolas. As ecobags retornáveis, além de seu custo, não são tão práticas assim, pois você teria que andar o tempo todo com uma, mesmo quando for fazer uma compra por impulso ou emergencial. Caixas de papelão não são higiênicas e são péssimas de manusear. Carrinhos são práticos, mas esbarram nas suas limitações de espaço, com o adendo de não poderem sequer serem dobrados e colocados na bolsa ou mochila. Por fim, tem as sacolas plásticas biodegradáveis, com tempo de decomposição muito mais curto do que as sacolas tradicionais, mas de custo bem alto, coisa que as grandes redes de supermercados não querem nem saber.

A escolha da sacola plástica como vilã do meio ambiente em muitos lugares não é mero acaso. É a parte mais visível do consumismo exagerado dos tempos modernos, mas seriam muito mais efetivas ações de educação para que a população aprendesse a descartar as sacolas plásticas corretamente (coisa que já acontece em parte, quando as usamos como sacos de lixo domésticos) do que simplesmente proibi-las. E tem também um componente forte de hipocrisia nessa história toda. Quase todos os artigos comprados por nós no comércio são embalados em algum tipo de plástico (isopor, inclusive), mas ninguém nunca pensou em bani-los. Com a proibição das sacolas plásticas, os supermercados passaram a cobrar por elas, repassando para o consumidor um custo que era deles e já estava embutido no preço da mercadoria. Adivinha se os preços cairão por conta disso?

O bem da verdade, essa atitude de proibir o fornecimento gratuito de sacolas e cobrar pelo uso delas é uma grande falácia, que só beneficia grandes redes de supermercados e políticos interessados em obter ganhos políticos com uma lei que supostamente beneficia o meio ambiente, mas que causa grandes transtornos à população. Esperem só para ver.