segunda-feira, 28 de maio de 2012

EDUCAÇÃO. Escolas devem ensinar sobre sustentabilidade

EDUCAÇÃO
Escolas devem ensinar sobre a importância da sustentabilidade
Por Mauricio Coutinho





 O Fórum Global para o Desenvolvimento Sustentável, realizado em 2002, propôs à Assembléia Geral das  Nações Unidas a proclamação da Década Internacional  da Educação para  o Desenvolvimento Sustentável (EDS) para o período 2005-2014.

     Coube então à Unesco (Organização  das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) desempenhar na referida década, o papel de estabelecer padrões de qualidade para a educação voltada para o desenvolvimento sustentável, tendo como principal meta  integrar os princípios,  os valores  e as práticas do desenvolvimento sustentável  a todos os aspectos da educação e da aprendizagem. 


     Esse esforço educacional têm por objetivo incentivar mudanças de comportamento que venham a gerar um futuro mais sustentável em termos de integridade ambiental,  da viabilidade econômica e de uma sociedade mais justa  para as gerações presentes e futuras.  Em um mundo com 7 bilhões de pessoas, com a maior população de jovens de todos os tempos e recursos naturais limitados, a educação deve permitir que os alunos adquiram competências relevantes para enfrentar os desafios de sustentabilidade. 


     Para a Unesco , a EDS deve ser integrada a todas as áreas de ensino e aprendizagem , seja na escola, em casa ou dentro da comunidade. 


      Isso representa uma nova visão da educação capaz de ajudar pessoas de todas as idades a entender melhor o mundo em que vivem, tratando da complexidade e do correlacionamento de problemas tais como pobreza, consumo predatório, degradação ambiental, deterioração urbana, saúde, conflitos e violação dos direitos humanos, que hoje ameaçam nosso futuro.


     Para André Trigueiro, jornalista e pós- graduado em Gestão Ambiental pela UFRJ, apresentador do  “Cidades e Soluções” na Globo News , e que acaba de ganhar no Jornal da Globo uma coluna quinzenal ,  a sustentabilidade deve fazer parte do dia a dia da escola e não somente algo que é ensinado mas não praticado no ambiente escolar. Ele sugere por exemplo  que as escolas estudem e reduzam a geração do lixo,  coletem água da chuva para uso na limpeza e para regar áreas verdes. 


     Já Lídia Brito , atual Diretora de Políticas de Ciências da UNESCO e ex-ministra de Educação Superior, Ciência e Tecnologia de Moçambique, a participação e a integração de todos em torno da Rio+20 – em especial dos jovens , que estão conectados e fazem parte de uma geração multicultural, sem barreiras linguísticas, culturais nem tecnológicas – é fundamental.  A Rio+20 será um ponto de convergência destes jovens em torno do  objetivo comum e global da sustentabilidade, reforçando os valores da generosidade, do respeito pela diversidade e das responsabilidades partilhadas quando se enfrentam desafios tão complexos. Esse movimento universal da juventude nos ajuda a reforçar ainda mais nossa visão positiva  em relação ao  futuro.


      A escala e a diversidade de seus recursos naturais fazem do Brasil um país de importância-chave em termos da preservação ambiental e do desenvolvimento sustentável.


     Aos professores que tenham interesse em abordar a Rio+20 em sala de aula, é possível localizar na Internet, em revistas especializadas em educação, sugestões de um plano de aulas para discussão e trabalho com os alunos. 


     Como sinal nos novos tempos de conscientização sobre sustentabilidade, o Brasil já ocupa o quarto lugar  no ranking mundial das construções verdes – obras que buscam certificações que comprovam que elas são mais sustentáveis que as convencionais. 


     Conscientes das estatísticas alarmantes sobre o problema da água, o Colégio Anglo-Americano instalou, há 4 anos, o Sistema Cosch de Aproveitamento de Água de Chuva. A idealizadora da implantação do projeto, Yara Belém, coordenadora Pedagógica do Ensino Fundamental II, reuniu os alunos do Ensino Médio, que participaram na época de todo o processo, para conversar sobre a tecnologia e sobre as novas alternativas de preservação do meio ambiente.






4 comentários:

  1. As escolas estão fazendo atividades sobre a sustentabilidade por causa da Rio+20, porém o ideal seria que esses projetos continuasse mesmo após a conferência.

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  2. Estou com a Gracielle esse enfoque deveria estar presente sempre. Eu, nesse ponto, fui um privilegiado pois fiz o meu jardim e primeiro grau todo na Escola Aldeia aqui de Niterói, onde o contato com a natureza é frequente.

    Sou muito agradecido à sua linha de ensino pela minha educação.

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  3. Aliás, estou "dormindo no ponto" ao não fazer uma matéria sobre ela. Vou corrgir isso em breve.

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  4. Concordo com a Gacrielle, deveriam continuar com os projetos pós Rio +20.

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